Mecânica dos Fluidos e CFD

Gabarito de uma prova antiga de Mecânica dos Fluidos 2 que apliquei na Universidade de Brasília para estudantes do curso de Engenharia Mecânica. Me lembro que essa prova desafiava os alunos a construírem matematicamente todo o equacionamento necessário para construção de um modelo para realização de simulações computacionais em CFD utilizando a formulação vorticidade-função de corrente.

Muito se fala hoje em dia em CFD e os recursos computacionais disponíveis realmente impressionam. Mas é importante lembrar que existe uma construção físico-matemática fundamental que antecede essas belas simulações. O engenheiro não pode ser apenas um apertador de botão. Ele deve conhecer os princípios físicos que governam o fenômeno a ser simulado, o equacionamento associado e os estratagemas numéricos adotados para viabilizar a solução computacional do problema em questão.

Esses passos são fundamentais para que ele seja capaz de validar e interpretar os resultados de suas simulações. Não é porque existe um campo de cores bonito que esse campo retrate necessariamente a realidade daquele fenômeno físico. Nesse campo as armadilhas são enormes e uma base sólida na formação do engenheiro/físico é a maior arma contra os enganos impostos pelo marketing da indústria de CFD, que usa animações dignas de Hollywood para vender licenças caríssimas por aí.

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